sábado, 3 de setembro de 2011

É PRECISO FALAR DE IGUALDADE!

Antes de falar de justiça e igualdade, falemos de homens, mulheres e dignidade! Falemos de seres humanos e de sua diversidade cultural, étnica, social, sexual, de origem e raça. Falemos da ignorância histórica da sociedade em aceitar as diferenças que fazem de nós produtos formadores e transformadores dos meios em que nos são concebidos. Desde os primórdios da humanidade é possível notar dentre os povos que habitam o globo uma diferença razoável na forma de agir, se comportar e até mesmo nas bases genéticas. O mundo em sua criação vivenciou ao longo de processos transitórios a estrutura de uma grande relação homem-mudança-sociedade-evolução que se comportou de plena capacidade para gerar uma sociedade ideal. Tempos e tempos a fio, foram nos dando à possibilidade de avanço nos campos da educação, ciência, economia, direito e tantos outros, mas o mais importante de todos os nossos processos ainda não nos habilitou de consciência necessária e digna de reconhecimento, ou seja, nós ainda temos uma deficiência tácita em agir pela violência a tudo que nos causa aversão e esse agir com violência se transforma em ódio, repúdio, dor e sofrimento aos semelhantes de nossa raça. Uma introdução básica de um problema antigo e atual da coletividade, não vamos nos apegar aqui a restringir o invólucro do ser humano, mas sim o que há por dentro, o dever-ser, o que está por vir, o que não demora, o que estamos buscando.
Como já citamos a evolução social sempre foi baseada em tipos diferentes de guerras, muito se demorou em perceber que os negros, eram homens. Que mulheres tinham a mesma condição genética. Que judeus, mulçumanos, árabes, nordestinos e africanos são gente da gente e principalmente que o preconceito é a forma mais incerta e perversa de se julgar aquilo que não se pode conhecer por falta de iniciativa de pensamento. Os seres humanos foram criando sua própria concepção do certo e do errado e baseado em fatores de convicção foram se afastando das diferenças, as belas diferenças que fazem do mundo essa complexidade de recepções mútuas. Muito se fala na sociedade em garantir o direito de todos, em ajudar, em respeitar, mas a prática se difunde da teoria e diz que os fins justificam os meios. HIPOCRISIA! Falta de educação e principalmente exclusão de bom senso. Eu chamo a atenção agora para um tema que vem causando uma grande celeuma na sociedade, eu chamo a atenção para a homossexualidade, chamo a atenção para a liberdade de expressão, para a liberdade de vida privada, de vida intima, chamo a atenção e com grande clamor para a dignidade da pessoa humana, principio magnânimo de nossa sociedade e que está acima de todos, que está no ápice da hierarquia social.

Para começar, minha posição é totalmente a favor, expressamente contrária a qualquer tipo de discriminação e positiva em relação aos direito de cada um de viver sua vida de forma consciente, solidária, pacifica e feliz. Eu sou a favor de que vivam e se deixem viver independentemente de como queiram, desde que não lesem e não renunciem a qualidade de seres humanos, desde que se respeitem e convivam sempre, sempre pela evolução e educação da coletividade. Qual o propósito de se julgar uma pessoa pelo que ela faz dentro de quatro paredes, dentro da privação de sua casa? Uma vontade consciente ligada à outra vontade consciente estabelecendo entre si uma relação de família, qual o problema em serem do mesmo sexo? Qual a razão para discriminarem, maltratarem e se fazerem melhores do que os outros? Qual a intenção da sociedade em privar os direitos fundamentais? Direitos esses elencados taxativamente na Constituição Federal, nas Declarações do Direito do homem e do Cidadão de 1789, em tratados internacionais de todo o mundo, nas leis... Não há normas que não dispõem dos princípios fundamentais e não há coletividade que exista sem eles! Qual o problema da sociedade em privar e retirar das pessoas o Direito implícito de felicidade? Se não sabem, digo eu! O problema esta na educação, eu não digo educação escolar (apesar de também fazer parte), e sim educação moral, aquela que está de si para si, eu falo de educação ética, aquela que existe e provém dos termos de moralidade, eu falo de educação de vida e de respeito ao próximo! Não querem criar leis ou até mesmo enrijecer aquelas que já existem? Simples! Ensine a sociedade o conceito básico de RESPEITO, ensine a sociedade que o próximo com sua diversidade é feito do mesmo DNA do que o de qualquer pessoa, ensine ao povo que impedir ou discriminar é ir contra a democracia, é ir contra fundamentalidade ética, moral, religiosa, social. Discriminar é ser cruel é não aceitar o pensamento do outro. Existe na Constituição Da República Federativa Do Brasil a chamada igualdade material, ou seja, tratar desigualmente aos desiguais na medida de suas desigualdades. Nós temos uma dívida social com as minorias, dívida esta gigantesca, de mais de 1500 anos, de séculos de desigualdade, de anos de violência contra a liberdade humana, contra cor, raça, sexo, origem, temperamento, ação, etc. Não nos ensinaram a formalidade de aceitar, não nos deram o poder de escolher como viveremos, como nos comportaremos, como constituiremos nossas famílias, como usaremos o amor. Nos privaram!  


Hoje no Brasil e no mundo a chamada homofobia tem atacado 
e desfeito muitas consciências, é um crime para quem pratica e uma morte para as famílias de vitimas e mais vitimas que morrem todos os dias em decorrência da violência preconceituosa daqueles que são intolerantes as diferenças humanas. O que se pede aqui não é a criação de um novo tipo penal para aqueles que matam homossexuais, não! Até por que criar um novo tipo na codificação é diferenciar mais uma vez e colocar uma separação em seres humanos e seres homossexuais, o que não existe, digo e repito infinitamente somos feitos dos mesmos organismos e temos a mesma constituição genética. Não se pede em primeira mão a punição dessas pessoas. O que querem essa minoria é que respeitem a escolha, é que evitem a violência por meio de políticas públicas, que não se deixe esvair uma vida por conta daqueles que simplesmente nada aceitam o que há de diferente na sociedade. Homossexualidade não é doença, não é privação de faculdades mentais, não é safadeza, é uma forma de viver a vida diferente igual a todas as outras, quando se trata de seres humanos a vida é inexplicável, é alterável, é mudança, é evolução. Temos que combater por meio da educação o preconceito, a violência, temos que agir e buscar o direito de todos os iguais e desiguais. Haverá um dia nesta sociedade em que todas as pessoas marcharão comemorando a diversidade e a paz, haverá tempos em que nós mulheres, homens, homossexuais, negros, judeus, israelitas, budistas, espíritas, católicos, cristianistas, e todos os outros farão parte da comunidade do RESPEITO ao próximo. Haverá um dia em que todos farão jus aos poetas da musica popular brasileira e cantarão como em um coro “devia ter aceitado, as pessoas como elas são, cada um sabe a alegria e a dor que trás no coração”, e assim viveremos pela busca de maiores processos de cidadania e evolução, utopia? Não! Sonhos realizáveis de uma simples observadora da sociedade.


Tallyta Rocha


ps. Com imenso prazer, agradeço a colaboração da mais nova parceira do blog Interação

2 comentários:

  1. Tallyta Rocha, você é demais garota!

    ResponderExcluir
  2. Muito Bom!

    Minhas opiniões:
    Tome cuidado com o uso dos conceitos de DNA e genética!
    Num mundo perfeito a função do sexo é a procriação da espécie. Mas, para homo e heterossexuais de hoje, os desequilíbrios são prejudiciais, como: promiscuidade e os desvios de conduta. Deve prevalecer o respeito a qualquer tipo de casal e a educação da família direcionada para a vida. As escolhas são de cada um.

    ResponderExcluir